Apelo contra "declínio económico" e "regressão social"
"Vencendo a resignação e a manipulação fatalista, afirmamos o nosso inconformismo perante um pacto de agressão que está a conduzir Portugal e o povo português ao declínio económico, ao empobrecimento e à perda de direitos duramente conquistados, num quadro de intolerável regressão social", lê-se no apelo.
Os subscritores do apelo condenam "as opções, os conteúdos e as consequências de uma orientação política que vem arrastando o país para uma dependência crescente, avolumando injustiças e desigualdades, hipotecando as suas possibilidades de crescimento, estrangulando o presente e comprometendo o futuro das jovens gerações".
"Acreditando que Portugal tem futuro, tem recursos, a começar pelo seu povo, e capacidades para se afirmar como nação soberana e desenvolvida, confiamos em que é possível encetar um caminho com o cumprimento, a defesa e afirmação do projeto que a Constituição da República Portuguesa consagra e cujos valores e dinâmica transformadora assumem um sentido de progresso civilizacional", declaram.
O apelo é subscrito pelos escritores Alice Vieira, Mário de Carvalho e Urbano Tavares Rodrigues, o poeta Manuel Gusmão, a realizadora Raquel Freire, os arquitetos Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, os sindicalistas Ernesto Cartaxo e Kalidás Barreto, o presidente do sindicato dos jornalistas, Alfredo Maia, e os professores universitários António Avelãs Nunes, Carlos Mota Soares, Isabel Allegro, José Barata Moura e Manuel Loff, entre outros.
Segundo disse à Lusa Ernesto Cartaxo, depois da divulgação do apelo, hoje em Lisboa, o objectivo será "alargar a subscrição a vários grupos de democratas e patriotas" e "promover várias iniciativas ao nível central e descentralizado para alargar cada vez mais o movimento de rejeição ao pacto de agressão".